segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Relato de parto - Davi

Se em "José" (origem hebráica) Deus nos acrescenta... Em "Davi" (também do hebráico), experimentamos a completude do amor. Hoje somos uma família, uma comunhão de pessoas vivendo esse amor, expressando a imagem do próprio Deus.

A gestação do segundo filho foi confusa, cheia de despedidas... Um a um foram nos deixando, para retornar às suas famílias, nossos grandes amigos (em tempos de crise, demissões são cotidianas). Também nos despedimos dos amigos e colegas de José, da Casa (não haveria melhor nome para essa escola)! E dos nossos vizinhos, da nossa comunidade cristã... Até chegarmos a BH, cidade que escolhemos para Davi nascer. E lá, curtimos muito o finalzinho da espera: passeamos, brincamos, nos exercitamos, curtimos o primo, os avós, os tios...

José já tinha um relacionamento íntimo com o irmão, já sabia como ele iria nascer, sabia até como poderia me ajudar a ser forte. Mas Davi, que parecia querer vir ao mundo bem cedo, resolveu curtir preguiça e foi ficando.

Quando já não esperávamos, as contrações de treinamento (que já duravam mais de mês) foram ficando ritmadas. Na semana anterior eu já estava com 4 cm de dilatação... Resolvi que estava na hora de instalar um APP de contagem de contrações e torcer pro Rafa (o pai, maridão, lindo!) chegar logo.

Irmã, cunhado, mãe... todos prontos. E agora, marido e doula! Fomos correndo para a casa de parto (anexa ao Hospital Sofia Feldman, hospital público que é referência nacional em atendimento de parto humanizado). Já cheguei com 9 cm de dilatação do colo do útero e (thanks God!) fomos direto para a suite de parto.

Entrei logo debaixo da ducha de água quente enquanto a enfermeira residente se apresentava, a doula enchia a banheira, minha irmã sorria empolgada e o Rafa arrumava as coisas.

Foi 1h de fase ativa após darmos entrada no hospital. Se sofri?! Well... Imagine-se planejar um trekking ao topo da montanha mais alta e bonita do mundo. Passar 9 meses se preparando (fisica, mental e espiritualmente). Carregar o mochilão com todo equipamento necessário e iniciar a tão esperada subida com uma equipe apaixonada e competente (os melhores parceiros). Não posso negar que no meio do caminho pensei em chamar o helicóptero (uma cesária eletiva me levaria ao topo da montanha rapidinho), estava exausta e quase me faltaram forças para me manter em pé. Mas o Rafa estava ali, se esforçando tanto... Minha irmã, com olhar de admiração e olhos briilhando, brilhando... e com um sorriso que só ela tem. Lena (a doula) tinha colocado uma musica relaxante, escurecido o ambiente, se certificou da temperatura ideal da banheira... José já sabia como o irmão iria nascer, afinal ele sabe que crianças não devem ser arrancadas da barriga da mamãe (desde que ambos estejam bem). E Davi (ah, meu herói!), estava já próximo à praia, sua jangada havia naufragado e a costa lhe oferecia apenas uma imensa falésia para escalar. E ele bravamente lutava para vir à vida. Foi com essa imagem que lancei de lado a possibilidade do helicóptero, respirei fundo e segui rumo ao ápice.

Os últimos minutos me pareceriam mais confortáveis dentro da banheira de água quente, que imitava a temperatura do meu útero, local onde meu bebê se mostrava um grande guerreiro. Passei para a fase expulsiva e veio o alívio da dor, a possibilidade do descanso, a tentação do cochilo... Foi então que Rafa fez uma oração, clamando pela bênção do Pai para aquele momento tão gostoso. E minha irmã largou de lado a câmera, segurou forte minha mão e gritou: "Agora vamos lá, faz força aí! Vai, vai..." e já com lágrima aos olhos "estou vendo a cabecinha!".

Foi então que meu herói alcançou o alto de sua falésia, foi então que eu toquei o ápice de minha montanha, e olhei em torno, e vi a imagem mais linda e emocionante que meus olhos poderiam ver. Todo meu corpo participou disso e queria logo tocá-lo. Mas a enfermeira orientou delicadamente: "deixe ele, mãe... deixe que nade um pouquinho, está confortável". Então retirei dele a bolsa, que não havia rompido, o peguei no colo e nos abraçamos. Eu, Davi e Rafa estávamos juntos na banheira, abraçados, embriagados!

Rafa cortou o cordão umbilical, simbolicamente, o pai separa fisicamente mãe e filho. Atitude que deve se repetir ao longo da primeira infância, como afirmação da personalidade e caráter do filho. Então, saímos da banheira para que a placenta também nascesse. Nesse momento, inexplicavelmente, tive uma hemorragia, que foi controlada com injeção de ocitocina (que favoreceria a contração do útero), massagens abdominais e aplicação de soro intravenoso. Então, pudemos descansar, tendo nosso pequeno em nosso colo.

Agradeço à minha família (pai, mãe, irmãos e cunhado), em especial à Ju; ao meu marido, à Lena e à equipe da Casa de Parto Sofia Feldman que permitiu ao Davi essa experiência de nascimento respeitoso, me permitiu viver mais essa aventura e nos acolheu com tanto carinho.

E terminamos esse trekking com um delicioso chá mate (com açúcar, como em minha infância) e um bom papo com as enfermeiras da casa, como em um dos remotos refúgios dos parques da Patagônia.

Davi nasceu na banheira, empelicado, às 39 semanas de gestação, pesando 3,815kg e 49cm, em 11 de Junho de 2015.



sábado, 24 de maio de 2014

Para não dizer que não falei de café



Inspirada pelo resultado de uma busca automática por novos sabores, começo esse post com um lema: A WALK ON A WILD SIDE!

Digo logo que, para uma boa bebida, precisa-se prezar pela qualidade nos 3 M's do café: Mistura (a composição do pó, ou blend), Máquina (e seu princípio: filtragem, percolação, prensagem ou pressão) e Mão (barista).

Então vamos falar das máquinas. Temos uma variedade enorme de tipos de máquinas, utilizando os princípios citados:

FILTRAGEM

Preferência nacional, utiliza o filtro de papel, de pano, Hario (pano, cerâmica ou vidro, com orifício maior que o convencional e ranhuras em espiral no corpo)... Imprescindível não deixar a água ferver. Para os mais exigentes, utilizar água mineral (o Cloro pode oxidar o café) e molhar o filtro de papel antes do preparo (para evitar o sabor de papel na bebida).

PERCOLAÇÃO

Muito utilizado na europa, esse é um também um processo de filtragem, mas no âmbito das cafeteiras, trata-se especificamente das italianas (personalidade é isso!).

PRESSÃO

Haja flexibilidade... Temos as cafeteiras expresso profissionais, as caseiras (tipo Nespresso), manuais (Aeropress, a queridinha dos baristas), as individuais elétricas...

FERVURA

Quase uma ironia, mas a fervura é utilizada para preparação do café na cafeteira turca Ibrik. O amargor extraído pela alta temperatura é neutralizado pelo açúcar (outro pecado) utilizado no processo. Recomenda-se adicionar algumas especiarias, como o anis estrelado.

Deixando os métodos de lado, aí estão as cafeteiras que precisam chegar às minhas mãos:

Globinho, Aeropress, Handpresso (tem uma versão do Fiat 500 que já vem com ela) e a belga (da 4C, arte, arte, arte e poesia). #ficaadica #aniversário #diadasmães #diadosnamorados #natal


E o link para o vídeo mais sensacional de todos os tempos cafeeiros: https://www.youtube.com/watch?v=SbVwvI9P7lU

CHATICES... Considerando o ciclo de vida dos produtos e o perfil dos consumidores, diria que as cafeteiras caseiras expresso estão em seu momento de maturidade (dado seu surgimento em 1901), sendo adquiridas hoje pela maioria tardia.
                                   
Ter uma dessas em casa ou no trabalho é quase que obrigatório. Suas principais funções são demonstrar bom gosto estético (como são lindas!) e, principalmente, ser utilizada como centelha iniciadora de aproximação social (o substituto corporativo da cerveja). Ah, serve um café expresso por preço justo.

Mas café que se preze (sob meu paladar) não é feito sob pressão, pelo menos não sob os 9 (a 15) bar usuais. Nem tomado assim, no trabalho, sem toda a poesia dos bons Cafés.

Agora, se você realmente gosta de expresso, a La Marzocco é a Ferrari das máquinas de café expresso (como uma boa Ferrari, não é para se ter em casa).

Por fim, 2 dicas sensacionais:

Se está em Salvador: vá no Feito a Grão!

Se está na Terra: acesse o site: http://martinscafe.com/ e divirta-se!

Mas se, apesar de jovem, já tem muitas conquistas na história da vida, recomendo assinar um Clube de Café! E tenha, na comodidade do lar, os melhores grãos selecionados de todo o mundo.




quarta-feira, 14 de maio de 2014

Relato de parto - José

Depois de mais de 1 ano, resolvi finalmente relatar o parto de José. Antes tarde que mais tarde ainda... É preciso deixar registrado o agradecimento a minha inspiradora (e irmã, Ju), a minhas doulas (mãe e Ana Boulhosa) e ao maridão. Sem vocês, não teria sido possível.

Falar sobre parto humanizado requer certa introdução, então, vamos lá.

Há 2 formas de se dar a luz a uma criança: o parto normal (vaginal) ou a cirurgia cesária. O parto normal pode se apresentar de 3 maneiras:

  1. Normal convencional (ou parto de novela): após estourar a bolsa e alcançar os 10 graus de dilatação, o bebê nasce na posição horizontal, em que a mãe permanece deitada com as pernas em 45 graus. Para facilitar o nascimento, a mãe é submetida a que convenciona-se atos de violência obstétrica; ou seja, procedimentos preparatórios não avaliados, como raspagem de pêlos pubianos, corte do períneo, administração de ocitocina artificial (indução). Li vários relatos de mulheres que foram submetidas a esse tipo de tratamento e definitivamente o encaram como um trauma, dificultando, inclusive, o relacionamento sexual posterior.
  2. Normal humanizado: desde a concepção, a mulher é encarada como protagonista de sua experiência parturiente/maternal e é imprescindível que seja amparada por uma doula (vide Google). O clímax compreende as contrações de treinamento, o rompimento da bolsa de líquido amniótico, a evolução da dilatação do colo do útero, o nascimento vertical do bebê, o abraço materno, o corte do cordão umbilical pelo pai, o nascimento da placenta, a amamentação. Para alívio das dores referentes às contrações do útero, administra-se (quando solicitado pela parturiente) analgesia.
  3. Natural humanizado: semelhante ao parto normal humanizado, porém, sem administração de qualquer droga ou sedativo.
Conhecer os benefícios e restrições (conscientes) de cada um é responsabilidade da mamãe. Leia muito sobre isso. vocês são 2 (pelo menos), avalie se vale à pena penalizar um bebê (logo, logo adulto) em restrição aos seus medos. 

Passo finalmente ao relato:

DOMINGO, 24 de Março de 2013 - 38 semanas, 1 dia

[Contrações de Braxton Hicks] Dia lindo! Na companhia de mãe e marido, aproveitei para descansar enquanto aguardava José se dispor a conhecer o mundo exterior. Em meio à roda de viola e banho de piscina, me vi persistentemente acompanhada das contrações de treinamento.  Ao saber das contrações, o maridão logo se utilizou de argumentos científicos para garantir a despedida: "O orgasmo pode estimular o útero; a atividade sexual pode estimular a produção de ocitocina; e a prostaglandina presente no esperma pode ajudar a amaciar o colo do útero" http://brasil.babycenter.com/

SEGUNDA-FEIRA, 25 de Março de 2013 - 38 semanas, 2 dias

[Rompimento da bolsa] Acordei às 2h toda molhada: a bolsa havia rompido. Seguindo recomendações baseadas na demora estatística do trabalho de parto, me deitei para durmir novamente. Em vão! Logo todo o líquido amniótico foi expelido e as contrações começaram com frequência constante (mal sabia que seria até o momento do nascimento) de 2 em 2 minutos, com duração de 1 minuto.
Dava um aperto no peito ter que tocar o botão de Start do aplicativo que contabilizava as contrações... me fazia sentir que eu que as estava iniciando.E doiam, viu.  

[Decepção] Ligamos para a obstetra, que informou estar viajando e orientou a recorrer ao plantonista do hospital que havíamos escolhido. Simples assim, como se fazer parto humanizado (PH) fosse do conhecimento de todos.
Buscamos apoio em minha doula, que nos orientou a aguardar até que as contrações estivessem mais intensas (MAIS?!). Se prontificou a contactar algumas obstetras militantes do PH. Como moramos a quase 30km do hospital e estávamos em uma segunda-feira comum, do outro lado da avenida mais engarrafada do estado, resolvemos aproveitar a calmaria da madrugada e colocar o pé na estrada.

[Entrada no hospital] Às 4h, mãe já havia feito a mala de José e inseriu algumas roupas minhas. Pulamos no quarto e corremos para o hospital. Meu Deus, quanto buraco havia nessa estrada! Aproveitei para falar com Deus e pedir que nos dispusesse um médico com experiência, sabedoria e energia (bastante energia). Não demorou e chegamos. Qual foi nossa surpresa quando vimos o hospital fechado, todo escuro... Maridão começou a bater no vidro e eis que aparece um funcionário despenteado informando que acordaria a plantonista.
Não é com hospitalidade que se é atendida por um plantonista após ser acordado de seu descanso... Logo percebemos que havíamos esquecido os documentos do pré-natal (maridão cruzou a cidade e novamente até que estivéssemos com a documentação). Sem mesmo me olhar na face, identificou os 5 cm de dilatação e orientou a aguardar no quarto.

[Conexão] Foi então que a doula chegou e informou que eu seria atendida por minha obstetra (que chegaria mais tarde), que orientaria quanto aos procedimentos necessários ao parto humanizado. "Parto humanizado???". Ah, foi aí que a plantonista me olhou nos olhos, sorriu, olhou para a doula... "tenho estudado a respeito, gostaria de conhecer mais a respeito". Aff... Fui para o quarto.

[Contrações] Contração não é brincadeira, mas me diverti contando cada uma ("Aaaaiii!!! Menos uma... Êeeeehhh!!!"), foi fácil relaxar entre as contrações, sentada na bola do pilates, sob uma queda livre de água quentinha (como isso alivia...). Quando vinham as contrações, a doula massageava as coxas, o maridão pressionava o cóccix, a mãe dava uma castanha ou melaço para recarregar as energias (acredito que seja proibido, então, faça escondido).
Foi lá pelo 8º cm de dilatação que fiz calculei a quantidade de contrações que faltavam até que a médica chegasse: 60!!! Era o tempo de aguardar para que pudesse ligar para ela sem que a acordasse muito cedo, mais o tempo de se arrumar, mais o engarrafamento. "Quero analgesia!", foi quase impulsivo. Maridão e doula investiram na negociação. Argumentos para cá, estatísticas para lá, e mãe foi ficando nervosa: "Apliquem logo analgesia na minha filha, vocês não vêem que ela está sofrendo?". Os 2 absolutamente não deram bola. E como eu tinha quem me defendesse, relaxei. Nessa, conseguiram me enrolar até a chegada da médica.

[O encontro] Já estava com 10 cm quando a obstetra chegou e, logo me encaminhou para a sala de cirurgia (sim, não tem sala de parto no hospital. Nesse e em quase todos.). Trouxe no ombro sua cadeirinha de parto, solicitou que desligassem o ar condicionado, organizou um local entre estante e mesa de cirurgia.
Quando a vi, foi imediato o abraço. Ela era tudo o que eu queria ali. Não me importava mais com as dores. Lembro-me até de ter desejado que fossem mais intensas. Cheguei na sala já pedindo um copo de água (aguardando uma recusa), a que fui atendida de prontidão. Fiz algumas perguntas que fizeram com que as enfermeiras pensassem que eu fosse médica: "não, é que mães que escolhem parto humanizado lêem muito sobre isso", corrigiu a médica.

[Nascimento] A médica orientou a não fazer muita força, favorecendo o relaxamento gradual do períneo, o que evitaria que houvesse a laceração. Demorou quase 1h. Foi então que, de forma mágica, pude tocar a cabecinha do bebê. Estava com o cordão enrolado no pescoço e a médica delicadamente, desenrolou. Após a saída da cabeça, mais um empurrão e o bebê é quase lançado para fora. NASCEU! 
Aaahhh, pude carregar meu bebê. Foi loucura à primeira vista (pensei que não haveria romantismo)! Aguardamos até que o cordão umbilical cessasse de pulsar para que o maridão, promovido a pai, pudesse cortá-lo.
Passado o êxtase, movimentos estranhos me lembraram que faltava parir a placenta. 1, 2, foi! Onde está meu bebê? Por um instante, o levaram para limpeza e análise. Recebi-o novamente... e pude tentar amamentá-lo. Own, nem quis conversa...

[Separação] Depois de um tempo com toda a família, a janela da sala foi aberta para que minha mãe (e os curiosos por encontrar a autora dos gritos escandalosos) pudessem nos ver. A pediatra tomou o bebê para avaliações. Mas por que??? Ele estava bem, estava comigo, queria a mim. Isso não foi humano. Fui descansar.

[Espera] Pelo caminho (sala de cirurgia - quarto), algumas pessoas perguntaram se eu era a paciente do parto normal (aff... natural... NATURAL!). Parece que havia feito sucesso. Todos queriam saber como era, fotografaram a cadeirinha, perguntaram sobre a médica. 
No quarto, não conseguia durmir. Só pensava na dor das contrações. Apaguei. Acordei e meu bebê não estava ali. Poxa, passei 5h longe dele, porque houve um desentendimento na troca de plantão dos pediatras.

[O reecontro] Maridão chegou com meu bebê no colo. Logo externei: "como é lindo meu filho ÚNICO". Sim, porque depois daquela dor, ele seria único.
Não consegui mais durmir... Era muito lindo, muito delicado, muito fantástico tudo aquilo. Recebi visitas, comi, descansei.

[O puerpério] É clichê, mas definitivamente, quando nasce uma criança, nasce uma mãe. Cada olhar, cada toque, cada ardida do bico do peito... era perfeito. No 3º dia o leite desceu (sim, porque antes, o bebê mama o colostro), foi febre imediata. Interessante isso (achei bem divertido). De repente, a mãe vira uma vaca e dá-lhe leite! 
Não havia lido 1 linha sobre criação de filhos... todo o meu tempo foi investido em conhecimentos sobre o parto. Aprendi com minha mãe, com o maridão, com minha irmã e com meu bebê.

CONCLUSÃO

A história apenas começou. Tenho muito a agradecer, a aprender, a sorrir e chorar. A 1ª cólica, a 1ª febre, a 1ª vacina, o 1º tombo, o 1º dente... O aprendizado é bem natural (e temos bastante informação disponível). Faço apenas 2 recomendações: faça um parto humanizado e escolha a creche antes do nascimento (e escolha uma que trate a criança como protagonista de sua história, sua cultura).

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Metamorfose

Beirando nosso segundo Dia das Mães, senti forte impulso por relatar o momento mais intenso de transformação que sofremos. Esse foi o agente iniciador, mas não o fim único desse blog. Aproveito para compartilhar da paixão pela vida, do amor por Cristo, das coisas bestas do dia-a-dia, as que nos fazem respirar mais profundo, sorrir de canto de boca, pulsar mais forte o coração. Espero com isso, promover vida!

Verifiquei, após 3 anos, que os projetos do início do casamento desandaram... Nem perto do Ironman cheguei, tampouco nossas orquídeas sobreviveram. Quanto ao jardim, fizemos e refizemos; nos divertimos. O aquário sobreviveu, está bonito, mas não no melhor que temos em nós.

Somos outros.

Hoje, os 4 somos um. Sou José, sou Rafa, sou Deus. Estamos aprendendo a respirar o ar de fora, a novamente nos permitirmos o externo. E nessa nova caminhada, seguimos com nova canção nos lábios... um som mais infantil, mais puro, mais aberto, mais responsável. #partiuvidanova

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Nosso Primeiro Aqua - at working

Finalmente depois de muitos planos, vídeos no youtube e visitas a lojas começamos no último final de semana a montagem de nosso primeiro aqua. Começamos bem: 325L!

Nossas primeiras crias serão Ciclídeos Africanos, peixes resistentes e de bela coloração. Para isso, água precisa ser alcalina. Segue composição inicial:

Iluminação: luminária Jebo com 2 lâmpadas (30W cada)
Filtragem: um filtro tipo canister Jebo 839 - 1500 L/h
Substrato: 40Kg de basalto (pedras pretas solicitadas por Nanda) + 1kg de aragonita apenas para alcalinizar a água
Tocas: duas rochas artificiais ´"rosas" (em breve mais tocas)

É isso, próximo final de semana o aqua. receberá os primeiros habitantes....
Segue fotos da montagem:







domingo, 11 de setembro de 2011

Motivação

Desde criança, nunca me importei muito com o fim. Minha motivação para chegar lá era sempre o caminho. E eu delirava com o caminho! Fosse quando o fim era um lugar, ou o aprendizado de uma nova língua, de um novo instrumento, ou até mesmo a consolidação de uma amizade.

Hoje, qualquer que seja o caminho, é trilhado de mãos dadas. Porque uma das grandes lições que aprendi é que a felicidade só é completa quando compartilhada.

Temos alguns fins planejados para os próximos anos mas o objetivo desse blog será acompanhar os passos para chegar até eles. Talvez nem haja relato do fim, pois pouco importa... O convite é para abrir espaço para o novo, colocar a mochila nas costas e seguir em frente!